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Vereadores de Barcelona se enfrentam por escola cívico-militar na Serra

Por Mary Martins / ES HOJE / Foto: Divulgação

A recente aprovação da proposta de criação de uma escola cívico-militar no município da Serra gerou repercussão acalorada entre vereadores da Câmara Municipal e escancarou um embate ideológico entre dois parlamentares que, além de colegas de plenário, são moradores do mesmo bairro: Barcelona.

De um lado, o autor do projeto, vereador Cabo Rodrigues (MDB), defende a iniciativa como alternativa para fortalecer a disciplina e os valores dentro do ambiente escolar. De outro, o vereador Renato Ribeiro (PDT), professor da rede pública e crítico do modelo, sustenta que o caminho para a educação de qualidade passa longe da militarização.

Durante sessão legislativa na última semana, Renato Ribeiro expressou contrariedade com veemência. “Não precisou ser uma escola cívico-militar para eu me tornar um homem honrado, para que eu entrasse na Universidade Federal do Espírito Santo. Aprendi ética, respeito e cidadania na escola comum, com professores e familiares”. A declaração evidenciou a discordância com a proposta aprovada pela maioria dos colegas.

Cabo Rodrigues rebateu as críticas ao projeto em fala no plenário. Segundo ele, a proposta não impõe modelo algum, mas oferece uma nova opção aos pais e alunos. “Se não concorda com a escola cívico-militar, é só não matricular o filho. Agora, para os pais que desejam esse projeto, e são muitos aqui no município da Serra, que tenham essa oportunidade. Enquanto eu estiver nesta Câmara, serei um defensor ferrenho da escola cívico-militar”.

A proposta foi aprovada pelos vereadores em abril deste ano, com 12 votos favoráveis, 2 contrários e 7 abstenções. O texto ainda está sob análise do prefeito da Serra, que deve decidir pela sanção ou veto da medida. Mas, com frequência, o tema volta à baila nas sessões da Câmara Municipal da Serra.

Vereadores de Barcelona se enfrentam por escola cívico-militar na Serra

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