Por Poder / ES Hoje / Foto: Divulgação
O União Brasil está em processo de reflexão quanto ao desempenho do partido no Espírito Santo, nas eleições municipais, fato que está no horizonte da direção nacional da legenda.
Em termos de Brasil, o partido foi o quarto que mais elegeu prefeitos, com 583 representantes, sendo que emplacou eleitos em capitais importantes como Goiânia (Sandro Mabel), Salvador (Bruno Reis), Teresina (Silvio Mendes) e Natal (Paulinho Freire).
Contudo, no Espírito Santo, os placares foram mais modestos. O partido foi apenas o nono, em prefeitos eleitos, tendo somente Marcos Guerra, em Jaguaré, e empatando com PRD (Claudio Boa Fruta/Boa Esperança) e com Cidadania (Paulo Cola/Piúma). Foi também o nono na quantidade de vereadores que vão assumir a partir de 2025, em solo capixaba, com 38 representantes.
O União Brasil, para 2026, tem ambições maiores. Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, é visto como uma das lideranças possíveis para a disputa da Presidência da República ou para se aliar a alguém numa frente de centrão/centro-direita.
Nos bastidores, o que se vê é que o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, é movido a resultados. Há quem diga que alas mais ligadas a mudanças no Espírito Santo querem o partido ao lado de Marcelo Santos (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa, e que tem pretensões tão ousadas quanto a sua legenda.
Há quem também defenda a manutenção do atual presidente, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni (União Brasil), até para continuidade de apoio e de base com o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), muito embora Marcelo também se apresente como aliado do socialista. Só que com Rigoni haveria mais chances de construções mais casadas com o socialista, conforme grupos colados ao Palácio Anchieta.
Os relatos são de dias decisivos dentro da sigla, visto que o planejamento do União Brasil, para 2026, segundo interlocutores, já começa agora. O clima de incerteza volta a bater ao ninho do partido em solo capixaba.