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PT define presidência no ES no próximo domingo (6)

Por Robson Maia / ES BRASIL / Foto: Divulgação

Disputa acirrada entre parlamentares capixabas deve definir os rumos do PT no Espírito Santo

O próximo domingo (6) será marcado pela disputa na sucessão da presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) no Espírito Santo, e o processo está longe de ser pacificado. A deputada federal Jack Rocha e o deputado estadual João Coser tem realizado uma disputa acirrada pelo comando da legenda.

Ambos representam correntes com histórias e estratégias distintas dentro da legenda, e a definição do novo comando estadual pode ser decisiva para os rumos do partido nas eleições de 2026.

A disputa já mobiliza os bastidores petistas e acirra ânimos entre as principais correntes internas da sigla. De um lado, Jack Rocha, que atualmente comanda a sigla, tem apoio de movimentos sindicais e com a militância de base, além de alinhamento direto com o grupo da atual presidente nacional, Gleisi Hoffmann.

Do outro, João Coser traz a experiência de décadas no partido, foi prefeito de Vitória por dois mandatos, tem forte articulação institucional e representa setores históricos da legenda no Espírito Santo. A candidatura de Coser, inclusive, é amparada por nomes “de peso” dentro da sigla, como o senador Fabiano Contarato e a deputada estadual Iriny Lopes, com quem o ex-prefeito da capital capixaba pretende alterar no poder na legislatura.

A escolha do novo presidente estadual ganha peso adicional porque o PT pretende ter papel mais ativo nas eleições de 2026 no Espírito Santo — tanto na disputa por vagas proporcionais quanto na construção de uma aliança majoritária. O partido, hoje com Jack Rocha na Câmara e com a participação na base do governo Renato Casagrande (PSB), busca ampliar sua presença política no estado.

Nos bastidores, já se discute se o PT deve lançar candidatura própria ao Senado ou ao governo, ou se repetirá a estratégia de aliança com o PSB. A nova presidência será peça-chave nessa equação.

Ao longo da campanha, Coser fez críticas diretas à atual conjuntura do partido. Segundo o parlamentar, o partido está “anestesiado”, sem qualquer protagonismo no Espírito Santo.”“Não tem partido funcionando. […] Eles conseguiram, infelizmente, paralisar o PT. O PT está anestesiado. Não tem vida”, afirmou em declarações à imprensa.

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