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Discussão entre prefeito e ex-vereador termina na delegacia em Afonso Cláudio

Por Mary Martins / ES HOJE / Foto: Divulgação

A Prefeitura de Afonso Cláudio, na região Serrana do Espírito Santo, foi palco de uma confusão que terminou com a condução do prefeito, Luciano Pimenta (PP), e do ex-vereador Josimar Neves da Silva, conhecido como Tilim, para a delegacia. O episódio aconteceu na manhã da última quarta-feira (25) e envolveu ofensas verbais, acusações de perseguição política e até a presença da Polícia Militar (PMES).

Segundo informações da PM, agentes foram acionados para atender uma ocorrência de tumulto dentro do prédio da prefeitura, onde um homem estaria desacatando servidores e o próprio prefeito. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram Tilim visivelmente alterado e o contiveram. “Todas as partes foram encaminhadas à delegacia para prestar esclarecimentos”, informou a corporação em nota oficial.

De acordo com informações dos militares, Tilim declarou que esteve na prefeitura para cobrar o fechamento de uma rua para um evento de empreendedores, agendado para o dia 27 de julho. Ele afirma que fez o pedido com antecedência, mas que a autorização estaria “travada” no sistema da administração municipal pelo prefeito na intenção de prejudica-lo. O ex-vereador ainda relatou ter sido xingado por Luciano Pimenta durante a discussão.

A prefeitura, por meio de nota publicada nas redes sociais e compartilhada pelo próprio prefeito, relatou que um cidadão cometeu ofensas e desacatou servidores, incluindo o chefe do Executivo municipal, no exercício de suas funções. O texto também ressaltou que a atitude configura crime previsto no Código Penal e repudiou qualquer forma de violência, “esperando que tais atos nefastos de violência gratuita jamais se repitam”.

Tilim foi vereador entre 2017 e 2020, e atualmente atua nos ramos de corretagem de imóveis e jardinagem e é servidor público estatutário na limpeza urbana, mas está afastado por supostas perseguições do prefeito. Já Luciano Pimenta, reeleito em 2024 com apenas 104 votos de vantagem, acumula outras polêmicas. Em abril de 2023, discutiu com vereadores em plena sessão da Câmara e, em outubro do mesmo ano, alegou ter sido alvo de atentado a tiros, fato que não foi comprovado pela investigação da Polícia Civil (PCES) e do Ministério Público (MPES).

Além disso, o prefeito responde a três ações na Justiça Eleitoral por abuso de poder. Em uma delas, é acusado pelo Ministério Público Eleitoral de ter mandado construir uma ponte sobre uma Área de Preservação Permanente sem autorização do Dnit. A obra acabou ruindo pouco tempo depois por causa de fortes chuvas.

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