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A complicada festa junina de Renato Casagrande

Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação

O tradicional mês a postos traz as tradicionais festas juninas, celebradas por todo o País. E nesta ciranda de quadrilhas e anavantús, o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), tem uma complicada festança para resolver.

A celeuma toda envolve o socialista ter colocado diversos atores como possíveis noivos no cenário eleitoral de 2026 para conquista do alvo mais cobiçado: a noiva, que na verdade, é o eleitorado capixaba. Numa tacada, colocou seis nomes e dois deles se assanharam mais para o embate do ano que vem: o vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido).

Toda quadrilha junina precisa ter personagens ancorados em cada canto para dar certo. A noiva, já definida, é a população capixaba. Casagrande, com seu pique incansável, pode ser, simultaneamente, delegado, pai da noiva e ainda o padre, em função da sua representatividade no Espírito Santo. Mas a dança folclórica não pode ter dois novos. Nem Santo Antônio dá jeito nisso, visto que só um fica.

Pelo seu modus operandis, o governador segue a linha de um rito, de atos bem ensaiados e, consequentemente, o que se vê é a predileção em Ricardo ser o noivo. Mas eis que vem Arnaldinho, que deseja inserir, segundo palavras próprias, a modernidade e mudar os rumos de uma dança com coreografia para lá de ensaiada.

Um dos pontos mais importantes da quadrilha é que em diversos momentos todos se dão as mãos para os movimentos. Ocorre que a discordância do canela-verde, com sua persistência de ser o noivo, pedindo a bênção ao pai da noiva, a invocação da proteção de Deus ao padre e as bases legais ao delegado, promove uma quebra da grande roda, que pode até fragilizar o que está sendo feito com a supervisão de Casagrande.

Nessa ciranda, Casagrande e seu grupo terão de se entender, fazer as devidas preces para Santo Antônio, o santo casamenteiro, com o objetivo de que haja o casamento certo com a noiva pretendida, a massa eleitoral, sem deixar espaço para a concorrência, que também está altamente ouriçada.

Como também mestre de cerimônias da quadrilha eleitoral, Casagrande terá de exercer seus múltiplos papéis para negociar com quem deverá ser o noivo. Se no folclore é o noivo quem foge, na política, o grande problema, é quando a noiva mete o pé. E o atual grupo do Palácio Anchieta não quer deixar o quentão entornar.

Arrasta-pé eleitoral

Festas juninas, por sinal, viraram os novos points para aqueles que desejam participar da corrida eleitoral façam o corpo a corpo. Anarriê!

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