Notícias

[wpadcenter_ad id=8039 align='none']

O distanciamento cada vez maior entre Vitória e governo do Estado

Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação

O Palácio Anchieta pode estar fincadíssimo na Cidade Alta da Capital, mas, a bem da verdade, é somente algo protocolar nos últimos tempos. O início deste ano demonstra que o Executivo estadual e o município de Vitória estão cada vez mais distantes.

Não que isso seja novidade. Ao longo dos anos, parece que se tornou “normal” relacionamento água e óleo entre os poderes. Foi assim no período concomitante entre Luciano Rezende (Cidadania) e Paulo Hartung (a caminho do PSD), e tem sido agora entre Lorenzo Pazolini (Republicanos) e Renato Casagrande (PSB).

Casagrande, por sinal, aponta mais afinidade para a cidade do outro lado da Terceira Ponte: Vila Velha. Obviamente, ajuda bastante o fato de o prefeito canela-verde, Arnaldinho Borgo (Podemos), ser aliadíssimo do governador. Mas os sinais indicam ainda para uma espécie de guerra fria (ou quente), conforme esta coluna já abordou.

No último fim de semana, durante realização do tradicional evento gospel Jesus Vida Verão, nas areias de Itapuã, o socialista entoou, no momento de louvor, que a cidade canela-verde era a melhor do Brasil – algo bastante repetido pelo gestor vilavelhense. Claro que é uma forma de ser gentil com o anfitrião Arnaldinho e os organizadores da festividade, contudo há quês que vão além do sagrado.

Com Pazolini vestido com as roupas e as armas de pré-candidato ao Palácio Anchieta, não haverá elogios para a Capital, visto que ele não faz parte do grupo político do governador. Assim sendo, qualquer tipo de menção honrosa serviria de fortalecimento ao adversário. E vice-versa.

Há de se observar que não há nenhum investimento relevante do Executivo estadual em Vitória. O que se verifica são obras realizadas mais pelo município, que tem como desafio a possibilidade real de perdas de receitas em curto a médio prazo.

Curiosamente, o provável encontro entre esses líderes que representam correntes diferentes já tem data para acontecer, nos desfiles das escolas de samba no Sambão do Povo, em Vitória. Só que tudo caminha para ser algo sem brilho, sem harmonia e sem evolução. A única coisa que não pode acontecer é o samba atravessar para os eleitores. Aí há muito a perder nessa guerra política.

O distanciamento cada vez maior entre Vitória e governo do Estado

MATÉRIAS (10)