Por Poder / ES Hoje / Foto: Divulgação
O município da Serra está a menos de um mês de uma disrupção de poder, quando findará de vez – na teoria – a alternância entre Sergio Vidigal (PDT) e Audifax Barcelos (Progressistas) no comando da cidade. Weverson Meireles (PDT), com fortíssimo DNA vidigalista, chega à cadeira em 2025 e tem o desafio de colocar o seu tom.
Nos bastidores da sede da prefeitura, em Caçaroca, há indícios de vontade fortíssima de Weverson em mudar radicalmente alguns modus operandis adotados na gestão de seu mestre. Relatos dão conta que esses anseios são impulsionados até por conselheiros.
O fato é que o prefeito eleito, por mais que seja imagem e semelhança de Vidigal, precisa, até mesmo por questões de sobrevivência e de construção da sua carreira política, promover mudanças, ainda que possa desagradar o atual gestor.
Weverson foi chancelado com mais de 138 mil votos, o que lhe dá autoridade e notoriedade para que possa tomar suas decisões. Contudo, não pode esquecer jamais dos esforços empreendidos por Vidigal e pelo governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), que foram gigantescos e que rendem certos tipos de dívida de gratidão.
Assim sendo, por mais que tenha algumas liberdades, o pedetista tem amarras naturais. O desafio nisso tudo é equilibrar as vontades individuais e as coletivas, o que vira num delicadíssimo pisar em ovos.
Por mais que Vidigal deixe em aberto sua trajetória política, não seria surpresa se o atual prefeito, a depender do panorama de 2026, colocar seu nome à disposição para disputa de cargo eletivo importante. E aí, convenhamos, é necessário que o veterano mantenha feudos e locais de amplo interesse para seguir forte no seu maior bunker eleitoral, que é a Serra.
Weverson é jovem e trouxe consigo como coordenador de transição o diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira. Dá sinais ao público de sua fidelidade aos grupos dos quais faz parte.
Só que lealdade não pode ser confundida com subserviência e aí o pedetista virá com seus nortes para deixar suas marcas e não ser visto apenas como um pupilo, mas como uma pessoa que deseja deixar seu legado.