Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação
Semana agitada com especulações e construções visando 2026. Pode haver uma reconfiguração no tabuleiro. E um agente político quer fazer uma construção em conjunto.
Acompanhe os principais destaques do mundo político capixaba.
Reviravolta? I
Para fazer frente à federação selada entre o União Brasil e o Progressistas, o União Progressista, o Republicanos e o MDB negociam também selar sua parceria, como forma de terem maior competitividade nas eleições 2026, seja no cenário federal, seja nos panoramas estaduais.
Reviravolta? II
Antes de pensar no Espírito Santo, que poderia implicar em consequências pesadas, é preciso ver o que há em nível nacional. Se tudo caminhar nos conformes, MDB e Republicanos somariam 88 deputados federais e formariam a terceira maior bancada da Câmara, ficando atrás somente da federação União Progressista (109) e do PL (92). Pensando na majoritária para Presidência da República e nas costuras das proporcionais que vão definir o tamanho do Fundo Eleitoral (mensurado pela quantidade de deputados), isso é altamente relevante.
Reviravolta? III
Se os presidentes nacionais dos partidos Marcos Pereira (Republicanos) e Baleia Rossi (MDB) estão conversando e até tiraram foto, é porque o interesse é grande. E caso isso vá para frente, é preciso prestar atenção nas consequências de tudo isso. Não é segredo para ninguém que Ricardo Ferraço (MDB), vice-governador do Estado, quer disputar o governo do Estado e que seu nome vem sendo trabalhado como primeira opção de sucessão do grupo do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB).
Reviravolta IV
Também não está guardada a sete chaves a intenção do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), de estar na corrida pelo Palácio Anchieta, até mesmo incentivado pelas pesquisas que o mostram, por ora, à frente dos rivais. Assim sendo, a eventual federação MDB-Republicanos envolve “Escolha de Sofia” em definir qual dos partidos terá a caneta para comandar as trajetórias no Espírito Santo e qual projeto político será escolhido: o de continuidade da gestão Casagrande ou um novo, que dialoga mais com o conservadorismo, representado, no momento, por Pazolini. Há uma possibilidade de reviravolta pesada, com consequências fortíssimas.
Reviravolta V
A concretização de mais essa federação, havendo ainda nesse bojo o processo de fusão entre Podemos e PSDB, reforça a tese de que os partidos mais de centro e de centro direita terão papel fundamental nesse próximo processo eleitoral. Os motivos? Recursos, tempo de TV e capital de cabos eleitorais espalhados pelos diversos cantos.
Construção I
O projeto da federação da União Brasil e Progressistas, a União Progressista, para as eleições 2026, no Espírito Santo, passa pela batuta do coordenador da bancada federal capixaba e presidente estadual do Progressistas, deputado federal Da Vitória (Progressistas). O que se vê é que a construção de todo esse processo acontecerá ao lado do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), como o próprio Da Vitória evidencia. Há pontos, porém, que já estão escancarados, como o antipetismo.
Construção II
“Em nível nacional, a federação já sinalizou que não estará no palanque do PT em 2026. Aqui no Espírito Santo, pela relação que tenho de muitos anos com o governador Casagrande, assim como muitos membros do Progressistas e do União Brasil, iremos construir com ele (Casagrande) a eleição de 2026″, disse Da Vitória. De fato, tirando o deputado federal Evair de Melo (Progressistas), que é bolsonarista de carteirinha, as fileiras da União Progressista conta com aliados de peso de Casagrande, como o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil), e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni (União Brasil).
Construção III
Claro que não existe almoço grátis quando há uma construção em conjunto. A federação vai querer um espaço nobre, digamos assim. O vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), é a principal aposta do Palácio Anchieta para a sucessão. Casagrande, por sua vez, já deixa claro que ou disputa o Senado ou coordena o jogo da cadeira do Executivo.
Construção IV
Claro que há muito ainda a acontecer. Se a candidatura de Ricardo se viabilizar, a federação pode querer outra vaga para a disputa do Senado. Vaga de vice pode ser até uma alternativa, mas isso não enche os olhos, segundo interlocutores. Os motivos são claros. A federação detém 20% do tempo de TV e do Fundo Eleitoral. Da Vitória – e seus aliados – é um político que está no campo da centro direita e que dialoga bem com os partidos do espectro político de centro, de direita e tem até mesmo o respeito da esquerda.
Construção V
Por isso, é visto como alguém que tem chances de agregar campos partidários e unir grupos. É com esse trunfo que a federação conta para estar com o filé mignon no processo do ano que vem.