Por assessoria / Foto: Divulgação

Essa capacidade de detectar algo de maneira ativa pode ajudar a polícia a atuar de maneira preventiva

Enfrentar a violência com as mesmas armas de sempre é estar um passo atrás dos criminosos, principalmente em um mundo cada vez mais conectado e complexo. Entender que a capacidade de prevenir e responder a crimes exige mais do que as abordagens tradicionais de patrulhamento, pode significar o sucesso ou o fracasso de uma política pública de segurança.

Sob essa perspectiva, o uso de tecnologia deve estar no centro das estratégias e, justamente por isso, a aposta do governo do Estado do Espírito Santo nos totens inteligentes, que começaram a ser instalados hoje, é um avanço. O primeiro equipamento está na Avenida Expedito Garcia, em Cariacica.

Ao todo serão 40 totens em pontos estratégicos da Grande Vitória. Os equipamentos são blindados, têm4 metros de altura e estão equipados com câmeras 360°, giroflex, sistema de áudio, comunicadores de alta potência e botão de emergência com ligação direta ao Ciodes 190.

Além disso, a inteligência artificial embarcada nos equipamentos permite que as imagens gravadas sejam analisadas em tempo real, identificando padrões e, consequentemente, comportamentos e situações que fogem à normalidade. Essa capacidade de detectar algo de maneira ativa pode ajudar a polícia a atuar de maneira preventiva, ou seja, em muitas situações será possível intervir antes que o crime aconteça.

Por outro lado, com o uso de tecnologia também é possível otimizar os recursos humanos: primeiro, em intervenções mais certeiras e, segundo, para direcionar os policiais para aquelas áreas que demandam mais a presença física das forças de segurança, já que os totens auxiliam na vigilância.

Investir em tecnologia é sem dúvida alguma fundamental, mas para que os resultados sejam ampliados e consolidados não se pode abrir mão de investimentos na formação continuada e na valorização profissional dos policiais; em sistemas de informação integrados; na colaboração entre os órgãos de segurança; na modernização do sistema prisional; e no uso de dados e de inteligência.

Além disso, segurança pública é uma área interdisciplinar, com relação direta com a educação, inclusão social, geração de renda, acesso à cultura, esporte e lazer.

Não há, portanto, uma “bala de prata”, ou seja, uma solução simplista. É preciso um conjunto de ações com foco em repressão e prevenção.