Por Juliana Rodrigues / ES Hoje / Foto: Divulgação
Maior destaque entre os estreantes em disputa eleitoral para a Câmara de Vereadores de Vitória, o vereador eleito Aylton Dadalto, do partido Republicanos, foi o segundo mais votado na capital capixaba nas eleições 2024. O republicano só perdeu para a vereadora reeleita, Karla Coser, do Partido dos Trabalhadores (PT), campeã com 7.256 votos – ele obteve 5.218 votos.
Mas quem é e o que justifica tamanho feito, nunca tendo concorrido a um cargo eletivo na cidade? Essa não é uma dúvida em todas as 9 regiões de Vitória, uma vez que os bairros que compõem a Regional 5 – compreendendo os bairros Praia do Canto, Barro Vermelho, Santa Lucia, Ilha do Boi, Ilha do Frade, Santa Luiza, Praia do Suá e Enseada do Suá – elegeram Aylton Dadalto presidente do Conselho de Segurança por dois mandatos consecutivos a partir de 2021.
Aos 30 anos, segundo ele, o resultado nas urnas no dia 6 de outubro, se explica pelo preparo. “Eu sempre bato na tecla do preparo. Preparo que eu falo é no sentido de estudo, de diálogo com a sociedade, de entender de políticas públicas, de conhecer a cidade inteira e de dialogar com todos os setores, de adquirir experiência. E aí foi uma construção a minha caminhada desde o Conselho de Segurança até Associação de Moradores”, argumenta o vereador eleito.
Residente no bairro Praia do Canto há 12 anos, Dadalto diz que tem relação em outras áreas. Foi no bairro Tabuazeiro que ele nasceu e viveu até os 18 anos. E antes de presidir o Conselho Municipal de Segurança Urbana (COMSU), ocupou funções em associações locais, como presidente da Associação de Moradores da Praia do Canto e diretor de Relações Institucionais do Clube Álvares Cabral – espaço que mantém – e também foi o presidente mais jovem da Federação de Tênis no Espírito Santo.
Disputa eleitoral já era meta
Aylton Dadalto conta que sempre teve interesse na política, mas buscou se preparar tecnicamente para isso, realizando estudos na área de políticas públicas e exercendo cargos comissionados durante três anos e meio na Central de Serviços, na Secretaria da Fazenda e na Secretaria de Governo durante a gestão do prefeito reeleito Lorenzo Pazolini (Republicanos).
“DESDE OS 13 PRA 14 ANOS EU SEMPRE FALEI PARA O MEU PAI QUE EU FARIA DIREITO PARA SER UM BOM POLÍTICO. EU LEIO LIVROS DE POLÍTICA O DIA INTEIRO, QUANDO TENHO OPORTUNIDADE, ASSISTO A FILMES, GOSTO DE DEBATER, MAS EU SEMPRE ESTIVE AO LADO DE PESSOAS, ASSISTINDO A DEBATES, ASSISTINDO A PROGRAMAS POLÍTICOS”, CONTA O JOVEM VEREADOR.
Sua campanha também contou com o apoio de figuras influentes, como o próprio prefeito – cuja filiação foi escolhida pela relação com Pazolini -, a vice-prefeita eleita Cris Samorini e o deputado federal Evair de Melo, ambos do Progressistas. O vereador eleito diz que pôde estar ao lado de Marcelo Santos (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Janete de Sá (PSB), Hudson Leal (Republicanos) e o vereador de Vitória e presidente da Câmara Municipal, Leandro Piquet (Republicanos).
Projetos do mandato
Dadalto, é advogado e defende um mandato participativo. Uma de suas propostas centrais, que segundo ele, esteve em seus panfletos de campanha, é o Comitê de Apoio ao Mandato Legislativo, uma plataforma para escutar diferentes grupos da sociedade e transformar essas demandas em projetos de lei.
Na Câmara de Vereadores retende fortalecer a Guarda Municipal de Vitória, e defender parcerias público-privadas (PPPs), o que considera o caminho para melhorar a prestação de serviços na cidade, oferecendo soluções inovadoras e eficientes para desafios urbanos.
“É IMPORTANTE O TRABALHO DO DIA A DIA, DE PODA DE ÁRVORE, DA LUZ, MAS EU ACHO QUE A CÂMARA TEM QUE IR MUITO ALÉM. AJUDAR O PREFEITO A TRAZER PROJETOS DE LONGO PRAZO, DE 20, 30 ANOS, PROJETOS QUE REALMENTE MUDEM A VIDA DAS PESSOAS DE FORMA PERENE, DE FORMA EFETIVA”, DIZ DADALTO.
Apontado como um dos vereadores da próxima legislatura interessado em disputar a presidência da Câmara, ele disse que quer ter a anuência do prefeito Pazolini. “Acredito que essa seja uma decisão para novembro”, finaliza.
