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Progressistas em busca do protagonismo no ES

Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação

O Progressistas, que está com o União Brasil em Federação, deseja protagonismo para o jogo eleitoral de 2026 no Espírito Santo. O recado ficou claríssimo a partir de declaração do presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (Progressistas/PI).

Direto de Brasília, Ciro esteve acompanhado pelo presidente estadual do partido e coordenador da bancada federal capixaba, deputado federal Da Vitória, e pelo também deputado federal Evair de Melo. Juntos, abriram caminho para a possibilidade de candidaturas próprias ao governo e ao Senado. “Pelo que estão fazendo (Da Vitória e Evair), nos enchem de esperança de nós termos uma grande vitória no próximo ano ainda, na eleição, quem sabe de governador, de senador, e trazer uma grande bancada. O Espírito Santo se tornou referência para o nosso partido”, afirmou Ciro.

Da Vitória agradeceu as palavras, enquanto Evair destacou que o presidente nacional garante liberdade para a atuação política dos dois. O registro ganhou ainda mais simbolismo pela foto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao fundo do vídeo, reforçando a conexão com parte expressiva do eleitorado conservador.

O ponto central, no entanto, está nos sinais que o Progressistas e a federação União Progressista vêm emitindo neste pré-jogo eleitoral. Da Vitória já manifestou interesse em construir a disputa de 2026 ao lado do governador Renato Casagrande (PSB), que trabalha para eleger como sucessor o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB). Já Evair é aliado do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), adversário direto de Casagrande. Vale lembrar que Da Vitória também mantém boa relação com Pazolini, e que a vice-prefeita da Capital, Cris Samorini, é filiada ao Progressistas.

Dessa equação surgem três cenários possíveis para a federação. O primeiro seria um jogo duplo: integrar a chapa de Ferraço, possivelmente com espaço para vice-governadoria – e esta pessoa pode ser Marcelo Santos (União Brasil) – e uma vaga ao Senado para Da Vitória, enquanto Evair se manteria na disputa à reeleição para deputado federal com liberdade para apoiar Pazolini.

O segundo cenário, menos provável, mas não impossível, seria o rompimento com o grupo de Casagrande e o alinhamento direto com Pazolini, ocupando espaços estratégicos como vice, Senado e outras posições de destaque.

O terceiro envolveria candidatura própria ao governo, com disputa simultânea ao Senado — hipótese mais difícil pela necessidade de atrair aliados e partidos num ambiente polarizado entre os blocos de Casagrande e Pazolini.

Em todas as alternativas, o recado de Da Vitória é o mesmo: protagonismo e valorização. A federação União Progressista detém recursos, lideranças com capilaridade e poder de decisão para influenciar o tabuleiro de 2026.

Onde houver atenção e bons tratos, haverá memória política — e essa pode ter sido a mensagem mais nítida deixada pela recente movimentação do Progressistas no Espírito Santo.

Ele não está morto

Lembrando que o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), não desistiu ainda completamente da corrida para o governo no ano que vem. Ele esteve em Brasília nessa quarta-feira (13) e posou para foto com o deputado federal Dr. Victor Linhalis (Podemos) e… Da Vitória.

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