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Pazolini faz afago em Magno Malta e Gilvan: “Trabalho extraordinário”

Pazolini faz afago em Magno Malta e Gilvan: “Trabalho extraordinário”

Por Vitor Vogas / ES 360 / Foto: Divulgação

Elogio do prefeito a principais mandatários do PL-ES pode ser entendido no contexto da aproximação estratégica em progresso entre o Republicanos, de Pazolini e Erick, e o PL, de Magno e Gilvan, com pano de fundo eleitoral. Analisamos aqui

O prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) fez um duplo afago político, na última segunda-feira (13), aos dois principais mandatários do Partido Liberal (PL) no Espírito Santo: o deputado federal Gilvan da Federal e o senador Magno Malta, presidente estadual do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pazolini chamou de “extraordinário” o trabalho dos dois congressistas, autores de emendas parlamentares ao Orçamento da União que permitiram à Prefeitura de Vitória receber recursos federais para firmar convênios com entidades filantrópicas que prestam serviços na área da assistência social.

“Uma importantíssima colaboração pro nosso povo, levando assistência, levando cuidado, acolhimento, políticas públicas que transformam a vida das pessoas. Então, agradecer ao senador Magno Malta e ao nosso deputado federal Gilvan da Federal por esse trabalho extraordinário”, disse Pazolini, em seu gabinete, ao lado do presidente estadual do Republicanos, Erick Musso (sem cargo na prefeitura), e do vereador Amandinho Fontoura, apoiador de sua administração e correligionário de Magno e Gilvan no PL.

 

Armandinho, Pazolini e Erick

Armandinho, Pazolini e Erick

 

O vídeo foi feito durante a assinatura do termo de colaboração entre a Prefeitura de Vitória e as organizações sociais sem fins lucrativos Vitória Down, Fundação Beneficente Praia do Canto e Associação Alef Bet, além da assinatura da ordem bancária. Gilvan direcionou emenda de R$ 200 mil para a Fundação Beneficente Praia do Canto. Magno idem. O senador também destinou emenda de quase R$ 200 mil para Associação Alef Bet.

O elogio de Pazolini a Magno e Gilvan pode ser entendido no contexto da aproximação estratégica em progresso entre o Republicanos, de Pazolini e Erick, e o PL, de Magno e Gilvan. Uma aproximação com fins político-eleitorais.

Como já demonstramos aqui, o maior objetivo estratégico dos articuladores de Pazolini é construir, em torno dele, uma grande frente eleitoral de direita no Espírito Santo, de modo a fortalecer a candidatura do prefeito de Vitória a governador e potencializar suas chances de vitória sobre quem quer que venha a ser o candidato do governo Casagrande.

No cenário ideal projetado pelo núcleo duro do prefeito, essa frente seria formada por quatro grandes forças partidárias, unidas na mesma coligação majoritária no Espírito Santo: o Republicanos de Pazolini (direita conservadora), o PSD (centro-direita), o PL (bolsonarista) e, ainda, a federação de centro-direita União Progressista, composta pelo União Brasil com o PP. São todos partidos com grandes bancadas na Câmara dos Deputados. Se esses quatro vetores convergirem na mesma coligação, Pazolini poderá reunir cerca de 3 minutos e meio a cada bloco de 10 minutos no horário eleitoral gratuito de rádio e TV.

al é o cenário perfeito, idealizado pelos estrategistas do prefeito – entre os quais se destaca Erick Musso. Uma coligação com os quatro vértices será perseguida por eles até o momento do registro das candidaturas, em agosto do ano que vem.

Com o PL do senador Magno Malta, o Republicanos tem feito um esforço de reaproximação estratégica desde o início deste ano. Após o isolacionismo de Magno e a troca pública de farpas entre ele e Erick Musso durante as eleições municipais do ano passado, o senador mudou o discurso e as prioridades, com o foco em 2026. No começo deste ano, voltou a se reunir com Erick e tem mantido diálogo com ele. Em declarações oficiais à coluna, passou a falar em “diálogo maduro” e em uma possível união das forças de direita. Logo depois, lançou a pré-candidatura ao Senado de uma de suas filhas, a publicitária Maguinha Malta, também do PL.

Qualquer negociação com o PL no Espírito Santo (leia-se com Magno) passa, obrigatoriamente, pela candidatura de Maguinha. O apoio à filha é condição inegociável para o senador. Vale dizer que, para ter o PL reforçando a coligação de Pazolini, o Republicanos e o próprio prefeito de Vitória terão de aceitar absorver a filha de Magno na mesma chapa. Para ter o apoio do PL na disputa pelo Palácio Anchieta, Pazolini terá de apoiar a candidatura de Maguinha para o Senado. Essas discussões estão em curso, enquanto alguns acenos públicos já têm sido feitos – como o mais recente, do “trabalho extraordinário”.

Nos últimos meses, o próprio Erick Musso já esteve ao lado de Magno e outros políticos do PL, no alto de trios elétricos, em pelo menos quatro manifestações em defesa de Bolsonaro, a favor da anistia etc. Pazolini não chegou a tanto, mas já fez um aceno importante: em abril, em postagem no Instagram, defendeu a anistia para envolvidos no 8 de janeiro, criticando, nas entrelinhas, os julgadores (no caso, o STF). Música para os ouvidos dos bolsonaristas.

Em 25 de julho, num ato isolado, mas simbólico o bastante, Pazolini e Erick circularam em público com Magno e Maguinha em uma feira agropecuária no município de São Gabriel da Palha – num dos muitos atos de pré-campanha do prefeito de Vitória. Situações assim não se repetiram desde então. Mas temos a informação segura de que Pazolini e Magno já se encontraram e dialogaram reservadamente, em busca de entendimentos.

Pazolini faz afago em Magno Malta e Gilvan: “Trabalho extraordinário”

Pazolini faz afago em Magno Malta e Gilvan: “Trabalho extraordinário”

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