Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), mais uma vez aproveitou para viajar pelo Espírito Santo e seguir na tarefa de popularizar o nome dele, pensando na eleição para o governo do Estado, no ano que vem. O fato que chamou a atenção foi o de criação de mote de pré-campanha, esboçado com a camisa “Meu Estado é 10”.
Ao lançar um slogan próprio, Pazolini não apenas dá um passo a mais na construção da sua identidade política estadual, como também estabelece, ainda que de forma sutil, uma rivalidade com o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB).
Ferraço é o nome apoiado por Renato Casagrande (PSB) para a sucessão estadual e já vem sendo associado ao lema “O Espírito Santo é o Brasil que dá certo”. A movimentação de Pazolini, portanto, joga luz sobre o embate que começa a se desenhar nos bastidores.
Mais do que uma jogada de marketing, o novo mote confirma que Pazolini está no jogo de 2026. Embora existam setores dentro do governo estadual que ainda questionem se o prefeito realmente entrará na disputa, os sinais são cada vez mais claros: ele está mobilizado, percorrendo o interior e consolidando sua imagem além da Região Metropolitana.
Claro que há riscos embutidos nesse tipo de movimento. A iniciativa pode, inclusive, levantar questionamentos sobre possível campanha antecipada. Pazolini, no entanto, não pede votos.
Age dentro dos limites legais, investindo na expansão da própria imagem e apresentando suas credenciais. O detalhe que desperta atenção é o número estampado no slogan, o “10”, que além de remeter à ideia de excelência, é também o número do Republicanos nas urnas. Ou seja, a estratégia tem forte potencial de fixação eleitoral precoce.
A maratona do fim de semana ilustra bem esse ritmo: o prefeito esteve em municípios como Aracruz, Mimoso do Sul, Presidente Kennedy e Vargem Alta, numa sequência de aparições que reforçam o ritmo de pré-campanha. Em cada parada, lá estava o sugestivo número no peito, como quem já quer marcar posição.
Com isso, fica evidente que Pazolini está entusiasmado com o tabuleiro de 2026. E sua movimentação também pode redefinir o cenário na Capital.
À medida que o prefeito avança em direção ao Palácio Anchieta, crescem as possibilidades de Vitória ser governada, pela primeira vez, por uma mulher: a vice-prefeita Cris Samorini (Progressistas).