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Paulo Hartung: “precipitação eleitoral não é normal”

Por Danieleh Coutinho / ES HOJE / Foto: Divulgação

Ex-governador do Espírito Santo por 3 mandatos, o economista Paulo Hartung (PSD) é uma das lideranças políticas capixabas de maior expressão no Brasil. Ele lançará, em 19 de agosto, seu quinto livro em Vitória – em meio a um fenômeno político que vive o estado, de antecipação eleitoral.

Fora da política partidária desde 2018, quando findou seu mandato de governador e se desfiliou do MDB, Paulo Hartung assinou filiação no PSD, mas garante que o lançamento do livro a um ano de dois meses das eleições 2026 não é estratégia política. “O livro está sendo preparado muito antes disso”.

E sobre os movimentos entre os atores políticos é taxativo: “Eu nunca tinha visto essa antecipação eleitoral. Precipitação do debate eleitoral não é normal”.

O livro “Política em tempos de grandes mudanças” reúne uma série de artigos já publicados pelo ex-governador em jornais e portais do Brasil, cujos textos – como Hartung garante – não passaram por atualizações. “Do ponto de vista temporal é possível ver que está fora do debate eleitoral. O livro tem a minha vontade de contribuir com o debate da conjuntura política do país e do mundo e participar da construção de um rumo bom para o país, que é o dia a dia da minha militância. Não saí da política, eu parei de disputar eleição e não do debate ou da militância”, destacou.

As movimentações de políticos capixabas que miram em outubro de 2026, na avalição do ex-governador, não darão em nada. “A precipitação eleitoral não produz, porque a eleição vai acabar sendo disputada, de fato, a 50 dias que anteceder o dia da eleição, com debates, programas de televisão… Pessoas aí estão gastando energia, dinheiro – que alguns, criminosamente, estão usando a máquinas administrativas, que é o mais grave nesse negócio para o nosso país – numa operação que eu, respeitosamente, chamaria de operação inútil”, criticou.

Sendo considerado o maior player da política capixaba, Paulo Hartung teve oito mandatos, desde deputados estadual, passando por prefeito de Vitória, deputado federal, senador da República pelo ES e governador nos períodos de 2003-2010 e 2015-2018. Ele explica que há o ‘time’ certo na política. “Não adianta subverter o calendário. Eleição vai se dar no final do ano que vem, tem uma eternidade aí… Não existe o antes na política, mas não pode perder o time”, finalizou.

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