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O projeto solo de Dr. Victor Linhalis e Arnaldinho Borgo

Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação

O prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), deixou o Podemos há cerca de um mês “por questões de foro íntimo”. Seu aliadíssimo, o deputado federal Dr. Victor Linhalis (Podemos), talvez ainda esteja filiado mais por questões de legislação, visto que sua saída precisaria de ser julgada e com diversas bases para não perder o mandato.

Fato é que eles não falam mais o mesmo idioma do Podemos, dirigido pelo deputado federal Gilson Daniel (Podemos), há algum tempo. Enquanto a legenda já colocou o bloco na rua para apoiar o projeto do vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), para a disputa do Palácio Anchieta no ano que vem, os canelas-verdes tentam outro tipo de corrente.

O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), por lei, não pode ir em busca do terceiro mandato. Logo, precisa escolher alguém para ser seu sucessor. Naturalmente, quem larga na frente é Ricardo, mas o socialista também colocou em suas cartas Arnaldinho, Sergio Vidigal (PDT), Euclério Sampaio (MDB), Gilson Daniel e Da Vitória (Progressistas) como outras opções viáveis.

Algumas frentes já estão trabalhando pesado para que Ricardo se solidifique, como tem ocorrido no interior. Outro que vem se esforçando e muito para isso é o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil), que tem até uma fala preparada para dizer como o emedebista é o ideal para essa missão.

Outras correntes, porém, acreditam que o herdeiro do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Theodorico Ferraço (Progressistas), não vai conseguir ir além em pesquisas, como as realizadas por ES Hoje e as de consumo interno. E é aí que estão os canelas-verdes.

Publicamente, Arnaldinho não fala, mas entra naquele jogo do “se colar, colou”. Quem tem sido mais aguerrido, porém, é Linhalis, que nessa segunda-feira (14) compartilhou, nos stories, uma publicação dizendo que, no último levantamento realizado por ES Hoje, quem mais cresceu nas intenções de voto para a disputa do governo foi o parceiro canela-verde.

Sem querer, Casagrande provocou uma disputa – nem tão velada assim – para quem precisa ter sua bênção à corrida do ano que vem. É realidade que fogo amigo vem acontecendo nos bastidores, especialmente por boatos. “No on”, porém, todos seguem de mãos dadas, até para não provocarem um colapso.

A coesão para o grupo do socialista é fundamental para enfrentar um bunker da direita/centro-direita que já se organiza para chegar com tudo na campanha do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos). O governador tem muitas lembranças de como foi difícil a campanha de 2022 contra Carlos Manato (PL). E em 2026, a polarização pode aparecer de novo como ingrediente.

Arnaldinho usa o tempo a seu favor, além de uma campanha silenciosa com diálogo junto a diversas lideranças de todo o Estado. Mas também tem o tempo contrário a ele, visto que precisa se reafirmar, ter um partido que possa lhe dar condições para tentar a vaga ao Palácio Anchieta, além de convencer Casagrande, Ricardo e companhia de que deve ser o candidato para o bem do time. Tarefa nada fácil.

O projeto solo de Dr. Victor Linhalis e Arnaldinho Borgo

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