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Nova guerra entre deputados e secretários no Espírito Santo

Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação

As desavenças entre deputados estaduais e federais com secretários do governo Renato Casagrande (PSB) não são novidade, e nem sempre poupam integrantes da própria base do Palácio Anchieta. Nessa quarta-feira (17), um novo embate ganhou forma após um duro discurso de Gilson Daniel (Podemos), na Câmara dos Deputados.

O alvo foi o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, nome indicado pelo vice-governador Ricardo Ferraço (MDB). Vale lembrar que Ricardo é pré-candidato ao governo e conta com o apoio declarado de Gilson. Ainda assim, o alinhamento político não impediu as críticas à condução da pasta.

Na tribuna, o deputado federal e presidente estadual do Podemos não economizou palavras. Referindo-se diretamente a Bergoli, afirmou que uma obra de estrada no Caparaó apresenta péssima qualidade.

“A Secretaria de Estado da Agricultura precisa fazer intervenção urgente. Obra malfeita, que não se caracteriza como as que são feitas pelo governo do Estado”, disse Gilson.

E continuou: “O secretário precisa fiscalizar. Ele tem perdido muito tempo fazendo crítica a parlamentar, dizendo que não há emendas na Secretaria de Agricultura. Este parlamentar aqui tem R$ 18 milhões em emendas na Secretaria”.

Segundo o deputado, a falta de atenção de Enio estaria criando dificuldades para os produtores rurais. Apesar de reafirmar seu apoio à gestão Casagrande/Ricardo, encerrou o discurso com um recado: “as atitudes desse secretário precisam ser revistas”.

O episódio reacende a tensão pré-eleitoral. Nos bastidores, comenta-se que Enio Bergoli nutre pretensão de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Gaúcho de Cruz Alta, ele construiu carreira no Espírito Santo e tem forte presença justamente em regiões que também são bases eleitorais de Gilson.

O fato é que ruídos entre parlamentares e secretários têm se intensificado. O risco é que esses atritos comprometam o maior objetivo do grupo de Casagrande: manter o controle político do Palácio Anchieta. Com uma base ampla, o desafio é aparar arestas.

E, no momento, o clima anda azedo em diversos corredores do poder.

Nova guerra entre deputados e secretários no Espírito Santo

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