Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou o que já era amplamente esperado no meio político: será candidato à reeleição no próximo ano. A decisão do petista, além de movimentar o cenário nacional, acende o alerta nos diretórios estaduais, que terão pela frente um intenso trabalho de articulação.
No Espírito Santo, onde Lula foi derrotado por Jair Bolsonaro (PL) em 2022, o partido busca consolidar o terreno. Apesar do revés presidencial, o PT capixaba conquistou resultados expressivos: Helder Salomão foi o deputado federal mais votado do Estado, Jack Rocha também chegou à Câmara dos Deputados, e Iriny Lopes e João Coser garantiram vagas na Assembleia Legislativa.
Mesmo com desempenho modesto nas eleições municipais de 2024, a legenda mantém bases sólidas e vislumbra espaço para crescimento. Esse, porém, é um desafio que exigirá estratégia e unidade interna.
O primeiro grande teste será a disputa pela reeleição do senador Fabiano Contarato (PT), em um cenário que tende a se acirrar com a possível candidatura do governador Renato Casagrande (PSB). Além dele, outros nomes competitivos despontam no campo mais conservador, o que deve polarizar ainda mais a disputa.
Como esta coluna já destacou, desde a chegada de João Coser à presidência estadual do PT, a prioridade é garantir a reeleição de Lula. Mas a direção também mira o tabuleiro local, inclusive avaliando se uma candidatura ao Palácio Anchieta, com Helder Salomão como possível cabeça de chapa, pode contribuir para ampliar a votação do presidente no Estado.
A corrida pelo governo capixaba, no entanto, ainda é uma incógnita para os petistas. No grupo de Casagrande, há indicativos de candidatura própria, seja com o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) ou com o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido). À direita, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), segue fortalecendo suas bases e se posiciona como um dos principais nomes na disputa.
Entre as tarefas do PT está a de reafirmar-se como referência do campo progressista e, ao mesmo tempo, conquistar o eleitorado de centro, ampliando seu alcance político no Estado.
Com a confirmação de Lula na corrida presidencial, cresce a pressão por definições dentro do partido em solo capixaba. Falta menos de um ano para o pleito, os adversários já percorrem o Estado, e ainda há o desafio de reduzir a resistência ao petismo em determinadas regiões.