Por Mary Martins / ES HOJE / Foto: Divulgação

No sétimo mandato de deputado estadual, o engenheiro José Esmeraldo já pensar em concorrer nova eleição. Contudo, não deverá ser filiado ao PDT. À Rádio ES Hoje  a grande liderança pedetista capixaba, Sergio Vidigal, afirmou que nas eleições de 2026 o partido terá chapas completas para deputado federal e estadual. Portanto, tanto o partido quanto José Esmeraldo estão “entendidos” que não há mais espaço para o parlamentar na sigla. Correto? Nem tanto.

De seu escritório, no bairro Bento Ferreira, em Vitória, ele conversou com ES Hoje sobre o futuro político e confirmou que há um impasse com o PDT.

“Agora, o partido tem essa política interna de que não pode ter nenhum candidato com mandato em exercício para disputar a eleição do ano que vem. E eu sou o único deputado com mandato pelo PDT. Eu fui saber dessa, digamos assim, política interna recentemente. Por isso que é importante eu tomar um posicionamento”, afirmou Esmeraldo.

O desconforto cresceu após o parlamentar protocolar, no dia 17 de abril de 2024, um pedido de desfiliação. Ele ainda aguarda um posicionamento oficial da executiva. “Estão me ‘cozinhando’, é assim que eu me sinto. Como que uma pessoa que é deputado estadual, com um mandato em exercício, e o partido não dá direito a ela de disputar novamente?”, questiona.

Em recente entrevista ao ES HOJE Vidigal declarou que irá percorrer o Espírito Santo ajudando o partido a formar chapas com o objetivo de oxigenar a legenda. Esmeraldo considera a movimentação como uma tentativa de forçá-lo a permanecer filiado até a janela partidária de 2026.

“O deputado Adilson Espíndola foi liberado em março do ano passado e até agora a minha vez não chegou. Reforço que tenho muito apreço por Sérgio Vidigal, mas não vejo sentido em me segurar até lá. Me prejudicaria muito. Sinto que é uma quase perseguição”, disse.

Fontes garantem que convites já surgiram de algumas legendas, como PSD, Podemos e MDB. José Esmeraldo não confirma os convites e diz que não falaria de nova filiação enquanto não se resolver com o atual partido. “Eu ainda não recebi nenhum convite de outro partido e não quero falar sobre essa questão agora, sobre para qual partido eu vou porque eu quero resolver essa questão primeiro”. Para trocar de partido, a janela partidária é abril de 2026.

“O meu projeto eleitoral é continuar trabalhando do jeito que sempre trabalhei, na área social, voltado para o povo, para a população. Eu atuo em mais de 20 municípios e quero continuar esse trabalho com dedicação e responsabilidade”, destacou.

O diretório regional do PDT foi procurado para se manifestar sobre o assunto. Ninguém atendeu as ligações e nem retornaram as tentativas da reportagem.