Por Thierry Khalil / ES HOJE / Foto: Divulgação/Sindipúblicos
A paralisação dos servidores públicos do Espírito Santo, que começou nesta terça-feira (7), irá causar impactos em diversos setores do Estado. Segundo o Sindipúblicos, o movimento, que reúne cerca de 3.800 profissionais de 14 autarquias e secretarias, cumpre a exigência legal de manter 30% das atividades, mas ainda assim afeta serviços essenciais para o funcionamento da máquina pública.
No Detran, por exemplo, pode haver atraso na emissão e renovação de carteiras de habilitação. Já nos órgãos ligados ao setor agropecuário, como o Incaper e o Idaf, a greve interrompe fiscalizações e liberações de produtos agrícolas, o que pode gerar reflexos diretos na agricultura familiar.
As escolas estaduais também sentem os efeitos da paralisação. Os agentes de suporte educacional, responsáveis por documentação e registros escolares, aderiram ao movimento, o que compromete a rotina administrativa das unidades de ensino.
Entre os órgãos paralisados estão o Incaper, Idaf, Detran, Iema, Seger, Secult, Sedu, Arsp, Diário Oficial, Iases, DER e Ipem. A principal reivindicação da categoria é a reestruturação das carreiras, com o objetivo de recuperar cerca de 30% das perdas salariais acumuladas, que já ultrapassam 50%. Segundo o sindicato, o impacto financeiro seria de apenas 1,1% na folha de pagamento do governo estadual.
Os servidores também alegam desigualdade no tratamento entre carreiras do Executivo, citando que áreas como segurança pública e fiscalização tributária já tiveram reestruturação salarial recente.
Na segunda-feira (6), o vice-governador Ricardo Ferraço se reuniu com representantes do sindicato e afirmou desconhecer detalhes das reivindicações, comprometendo-se a encaminhar as demandas à Casa Civil e à Seger. Porém, de acordo com a categoria, até o momento o Governo não retornou ou apresentou uma proposta concreta.
No primeiro dia de paralisação, servidores do executivo estadual se concentraram em frente à Seger, enquanto equipes do interior participaram das manifestações por videoconferência. Nesta quarta-feira (8), a programação da paralisação inclui debates e atividades culturais.
