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Gilvan da Federal perderá salário e terá gabinete fechado; filha de Magno Malta será exonerada

Por (Mary Martins) Redação Multimídia / ES HOJE / Foto: Divulgação

A Câmara dos Deputados suspendeu por 90 dias o mandato de Gilvan da Federal (PL), em uma decisão sem precedentes que escancarou a crise interna no bolsonarismo capixaba.

Acusado de quebrar o decoro parlamentar ao atacar com ofensas sexistas a ministra Gleisi Hoffmann (PT), Gilvan ficará três meses sem salário, sem acesso ao gabinete e com todos os 22 assessores exonerados, incluindo aí a filha do senador Magno Malta, conhecida como Maguinha, apadrinhada do pai e apontada como futura candidata ao Senado com apoio do próprio PL.

A punição foi aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara após o deputado do Espírito Santo se referir à ministra como “prostituta” e “amante”, além de ter chamado o presidente Lula de “ex-presidiário”. A decisão, embora cautelar, é a primeira do tipo baseada em nova norma regimental e pode abrir caminho para a cassação definitiva de seu mandato.

Enquanto isso, Gilvan já torrava recursos públicos em ritmo acelerado: só de janeiro a abril deste ano, o bolsonarista gastou R$ 442,4 mil com gabinete — quase o teto permitido. Em março, bateu recorde: R$ 115,5 mil. Também já utilizou R$ 127,9 mil da cota parlamentar, entre passagens aéreas, aluguel de carro, hospedagens e até combustível.

Fora do cargo, o deputado perde os R$ 46,6 mil mensais de salário, os reembolsos parlamentares e o auxílio-moradia de R$ 4.253, que ele vinha recebendo mesmo sem ocupar apartamento funcional em Brasília.

Apesar da exoneração em massa, o suplente de Gilvan, Júnior Corrêa (Novo), não assumirá, pois o regimento da Casa só permite substituição em suspensões superiores a 120 dias.

 

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