Por Danieleh Coutinho / ES HOJE / Foto: Divulgação
Se há prefeitos na Grande Vitória, como Lorenzo Pazolini (Republicanos – Vitória) e Arnaldinho Borgo (sem partido – Vila Velha) buscando viabilizar candidatura ao Governo do Estado, o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), decidiu dar as mãos a Ricardo Ferraço (MDB) e levar consigo todo apoio de eleitores na cidade.
E não é pouco. Vale lembrar que Euclério foi reeleito prefeito sem poder contar com seu próprio voto. Hospitalizado em outubro do ano passado, ele venceu em primeiro turno com 88,41% dos votos – apoio de 168.771 eleitores. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral, a votação do emedebista foi quase o dobro da soma dos seus adversários e abstenções.
Outro destaque é que no Espírito Santo a cidade de Cariacica configura o terceiro maior colégio eleitoral e, portanto, não se trata de “apenas” um apoio.
O prefeito de Cariacica chegou a cogitar colocar seu nome para disputa interna no MDB, mas assumiu um acordo com Ricardo Ferraço e pode ter papel tão forte quanto o que teve na reeleição de Renato Casagrande (PSB) em 2022. Foi ele que encabeçou o movimento que atraiu os votos da direita.
Decidido a não entrar em debate político-partidário, que vem resultando em grandes e fortes federações, como a que uniu União Brasil e Progressistas, Euclério tem dito que os avanços em Cariacica são fruto de muito trabalho de sua administração e não disputa de partidos. Mais ainda: oficialmente já deixou claro aos cidadãos seu “governador é Casagrande” classificando o como “o melhor governador que o Espírito Santo já teve”, e seu voto em 2026: “Meu futuro governador será Ricardo Ferraço”.
Ricardo é vice-governador e único nome já colocado para a disputa do próximo ano. Ele será governador a partir de abril, quando Casagrande entrega a gestão para poder concorrer ao Senado.
Os prefeitos de Vitória e Vila velha trabalham para viabilizar candidaturas. Embora Arnaldinho Borgo seja um político que, até então, é tido como integrante do mesmo grupo político de Euclério, Ricardo e Casagrande, desde que saiu do Podemos, vem trabalhando, também, politicamente, para ter espaço e legenda com grandes projetos em 2026 que, inclusive, não descartam a disputa ao Executivo estadual. Já Pazolini, de grupo adversário, vem atuando da mesma maneira.