Por Robson Maia / ES BRASIL / Foto: Divulgação
Secretário de Saúde, Tyago Hoffmann, prestou contas da Sesa na tarde de sexta-feira (16) no Legislativo capixaba.
Em 2024 o Espírito Santo superou a meta de cobertura vacinal de seis vacinas do Calendário Nacional de Vacinação para crianças (pneumococo, pentavalente, BCG, tríplice viral, meningo C e rotavírus). Também alcançou a maior cobertura vacinal em vacinação contra HPV para meninos (89,75%) e meninas (98,64%) de 9 a 14 anos e ficou em primeiro lugar na vacinação contra influenza.
Esses dados foram apresentados pelo secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann (PSB), em prestação de contas das ações da pasta referentes ao 3º quadrimestre de 2024 (setembro a dezembro) na tarde desta sexta-feira (16) na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Ales). Ele também trouxe informações do acumulado do ano passado e dados deste ano.
“Temos um estado que hoje tem a maior cobertura vacinal do Brasil. (…) Esse ano estamos com um problema em relação à vacina da influenza. Ontem abrimos a vacinação para todos os grupos. Quem não se vacinou, procure a unidade de saúde mais próxima, pois já tivemos esse ano 23 mortes”, frisou.
Financiamento público
De acordo com o secretário, a receita de impostos recolhidos pelo Estado fechou em R$ 21 bilhões em 2024 e o financiamento público da saúde foi mais do que R$ 5 bilhões. “Foram R$ 3,6 bilhões com recursos próprios. Uma despesa total de R$ 1.357 per capita e, apenas com recursos próprios, de R$ 850, o que representa um gasto de saúde de 15,43%, atendendo o que prevê a Constituição”, afirmou.
A divisão desse bolo foi a seguinte: R$ 4,3 bilhões para assistência hospitalar e ambulatorial de média e alta complexidade; R$ 268 milhões em suporte profilático e terapêutico, como gastos com farmácia e fórmulas enterais; R$ 136 milhões para a atenção básica; R$ 34 milhões na vigilância epidemiológica; R$ 573 mil com vigilância sanitária; entre outros gastos.
Judicialização
Um tema que vem chamando a atenção em todo o país é a chamada judicialização da saúde. Segundo Hoffmann, a questão vem sendo discutida junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao governo federal. “Tínhamos uma curva crescente até 2019 e em 2020 tivemos uma queda brusca por conta da pandemia e depois voltamos à normalidade da série histórica de crescimento de demandas judiciais”, informou.
Foram 14.276 processos recebidos em 2019 e 15.993 em 2024. Os principais pedidos são para medicamentos, consultas e exames, internações clínicas e serviços de home care. “Medicamentos são mais de R$ 100 milhões, o que representa dois terços do nosso gasto total com judicialização. (…) Os gastos cresceram de R$ 129 milhões em 2023 para 157 milhões em 2024 com demandas judiciais”, disse.