Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação
O projeto da federação da União Brasil e Progressistas, a União Progressista, para as eleições 2026, no Espírito Santo, passa pela batuta do coordenador da bancada federal capixaba e presidente estadual do Progressistas, deputado federal Da Vitória (Progressistas).
O que se vê é que a construção de todo esse processo acontecerá ao lado do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), como o próprio Da Vitória evidencia. Há pontos, porém, que já estão escancarados, como o antipetismo.
“Em nível nacional, a federação já sinalizou que não estará no palanque do PT em 2026. Aqui no Espírito Santo, pela relação que tenho de muitos anos com o governador Casagrande, assim como muitos membros do Progressistas e do União Brasil, iremos construir com ele (Casagrande) a eleição de 2026″, disse Da Vitória.
De fato, tirando o deputado federal Evair de Melo (Progressistas), que é bolsonarista de carteirinha, as fileiras da União Progressista conta com aliados de peso de Casagrande, como o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil), e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni (União Brasil).
Claro que não existe almoço grátis quando há uma construção em conjunto. A federação vai querer um espaço nobre, digamos assim.
O vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), é a principal aposta do Palácio Anchieta para a sucessão. Casagrande, por sua vez, já deixa claro que ou disputa o Senado ou coordena o jogo da cadeira do Executivo.
Claro que há muito ainda a acontecer. Se a candidatura de Ricardo se viabilizar, a federação pode querer outra vaga para a disputa do Senado. Vaga de vice pode ser até uma alternativa, mas isso não enche os olhos, segundo interlocutores.
Os motivos são claros. A federação detém 20% do tempo de TV e do Fundo Eleitoral. Da Vitória – e seus aliados – é um político que está no campo da centro direita e que dialoga bem com os partidos do espectro político de centro, de direita e tem até mesmo o respeito da esquerda.
Por isso, é visto como alguém que tem chances de agregar campos partidários e unir grupos. É com esse trunfo que a federação conta para estar com o filé mignon no processo do ano que vem.