O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), parte nesta sexta-feira (7) para missão internacional, na qual vai participar da COP29, no Azerbaijão, e ainda passará pela Itália. Mais uma vez, o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço (MDB), será o responsável por ser o chefe do Executivo em exercício.
Ricardo ficará com essa batuta por 10 dias. O emedebista volta a ter essa missão num cenário em que seu partido conquistou prefeituras, como em Cariacica (Euclério Sampaio), mas perdeu outra importantíssima (Colatina/Guerino Balestrassi); num momento em que vê o pai dele, o deputado estadual Theodorico Ferraço (Progressistas), reassumir a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim; e antevendo o que pode ser o futuro político dele.
O vice acompanha ainda os idos da eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. A depender dos acontecimentos, uma figura política, que também vem investindo em área semelhante dele, pode sair fortalecida: o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil).
Ricardo tem debaixo de suas asas um flanco importantíssimo da economia capixaba, que é a agricultura. Marcelo, com o apoio do governo do Estado, instituiu a iniciativa Arranjos Produtivos, que busca capacitar pequenos produtores. Municípios com menos de 40 mil, como ES Hoje em Dados, já mostrou reúnem gama de mais de 1 milhão de eleitores, uma poderosíssima trincheira.
O processo de sucessão do governador, principalmente para definição de quem será o apoiado ou apoiada pela atual cozinha do Palácio Anchieta, ainda tem muitos episódios pela frente.
A questão é que tudo envolvendo Ricardo no processo eleitoral, especialmente a pleitos majoritários, remete ao histórico Abril Sangrento, de 2010, em que até Renato Casagrande foi personagem central, substituindo o vice na cabeça para a disputa do Palácio Anchieta. Assim sendo, será que irá para frente, finalmente, a tão sonhada candidatura do emedebista?