Por Redação Multimídia / ESHOJE / Foto: Divulgação
A Câmara de Marechal Floriano aprovou, por 10 votos a zero, a abertura de uma Comissão Processante para apurar uma série de denúncias apresentadas contra o prefeito Lidiney Gobbi (PP). A decisão foi tomada durante sessão ordinária, após a leitura da denúncia protocolada por um morador do município. Dos 11 vereadores, apenas um não esteve presente, mas o recebimento do documento foi aprovado por unanimidade dos parlamentares presentes.
Após a votação, foram sorteados os três membros que irão compor o colegiado responsável pela investigação. O vereador Dorivanio Sten será o presidente da Comissão Processante, Chapolin Frasson atuará como secretário e Diogo da Amar assumirá a relatoria. A comissão, de caráter temporário, terá prazo de até 90 dias para conduzir as apurações, assegurar o direito de defesa ao prefeito e apresentar um relatório final. O documento poderá recomendar o arquivamento do processo ou a cassação do mandato, conforme estabelece o Decreto-lei nº 201, de 1967.
A denúncia apresenta uma lista de possíveis irregularidades, entre elas alterações sucessivas e sem justificativa nas datas de títulos de publicações oficiais referentes a processos licitatórios de 2025, que teriam sido divulgados com anos distintos, como 1980, 1972 e 2000. Também serão investigados um possível direcionamento e favorecimento de empresas em compras públicas, falta de transparência administrativa e o início de obras sem licitação e sem contratos formalizados.
Integrante da bancada do PP, o mesmo partido do prefeito, o vereador Cezinha Ronchi afirmou que o chefe do Executivo terá todas as garantias legais durante o processo. “Gobbi será e terá amplo direito de defesa”, declarou.
Com a instauração da Comissão Processante, a Câmara passa a conduzir oficialmente as investigações e deverá cumprir, segundo os vereadores, seu dever constitucional de apurar os fatos e assegurar o contraditório ao denunciado.