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Casagrande na crista da aprovação. E o futuro?

Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação

Pesquisas recentes de intenção de voto confirmam a ampla aceitação do governador Renato Casagrande (PSB) entre os capixabas. No levantamento do Instituto Perfil, divulgado por ES Hoje, no fim de agosto, 61,39% dos entrevistados avaliaram sua gestão como “boa” ou “ótima”, enquanto outros 27,22% a classificaram como regular. Já o estudo do Real Time Big Data, publicado nesta terça-feira (7), mostrou um índice ainda mais expressivo: 81% de aprovação.

A menos de um ano das eleições, Casagrande desfruta de prestígio político raro. O desafio, agora, é planejar o futuro — em especial a sucessão e a consolidação de seu grupo político após o término do mandato. Diferentemente de 2018, quando o então governador Paulo Hartung (PSD) não preparou um nome para sucedê-lo, Casagrande tenta garantir que o time que o acompanha desde o início do governo mantenha protagonismo no Palácio Anchieta.

O vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) desponta como o nome natural para a disputa, embora o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), siga se movimentando para viabilizar sua candidatura, tendo portas abertas para se filiar ao Progressistas. No campo oposto, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), avança como principal alternativa ao grupo governista.

Aos 65 anos, Casagrande já ocupou todos os cargos eletivos mais relevantes do Espírito Santo. Não precisa mais provar nada politicamente. Caso decida concorrer ao Senado, parte com grande vantagem, sustentado por índices de popularidade invejáveis.

O ponto de atenção, contudo, é o futuro do casagrandismo — o legado político que ele pretende deixar. Uma vitória pessoal ao Senado já seria expressiva, mas ver um sucessor eleito para o governo, aliados no Congresso Nacional e uma base sólida na Assembleia Legislativa representaria a consagração definitiva de sua trajetória.

Seria, em termos simbólicos, o coroamento de três mandatos e um verdadeiro “tapa de luva de pelica” nos adversários. Ter aprovação popular é fundamental. O passo seguinte — e mais desafiador — é transformar prestígio em votos e força eleitoral para impulsionar aliados.

Pesquisa I

O levantamento da Real Time Big Data trouxe três cenários para a disputa ao governo. No primeiro: Pazolini, 27%; Ricardo, 26%; Sergio Vidigal, 11%; Arnaldinho, 11%; e Helder Salomão (PT), 5%. Já no segundo: Ricardo, 31%; Pazolini, 30%; Arnaldinho, 14%. Por fim, no terceiro: PH, 33%; Ricardo, 27%; e Arnaldinho, 14%.

Pesquisa II

Para o Senado, a pesquisa do instituto revela vantagens para Casagrande e o deputado estadual Sergio Meneguelli (Republicanos), além de Paulo Hartung. Correm por fora, conforme esse estudo, o senador Fabiano Contarato (PT) e o deputado federal Da Vitória (Progressistas).