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Câmara de Vitória tem protesto e sessão vira caso de polícia

Por Mary Martins / ES HOJE / Foto: Divulgação

O clima político em Vitória “explodiu’” em tensão na manhã desta quarta-feira (10), quando manifestantes tomaram as galerias da Câmara Municipal momentos antes do início da sessão.

O episódio, que foi acompanhando de denúncia de pessoas armadas ou com bombas na Casa, forçou a paralisação e pedido para que todos saíssem das galerias e só entrassem novamente após revista. Segundo a assessoria da CMV, um rojão foi encontrado, mas tudo foi normalizado rapidamente.

A retirada de vereadores e a suspensão temporária dos trabalhos foi comentado pelo vereador Armandinho Fontoura (PL), destacando que tratava de manifestantes contrários à votação em regime de urgência do PL Anti-Invasão, que prevê multas de até R$ 50 mil e sanções administrativas contra quem ocupar irregularmente imóveis públicos ou privados.

O parlamentar também afirmou que a invasão também foi reflexo do PL Antiaborto, proposto pelo vereador Luiz Emanuel (Republicanos), votado na semana passada.

“Manifestantes invadiram a Câmara e me ameaçaram com bombas depois que pedi a reintegração de posse do prédio invadido no Centro de Vitória. O plenário foi esvaziado e a Guarda Civil acionada. O presidente recebeu denúncia de que havia gente com rojão. Uma bolsa com rojão foi apreendida, mas como não foi aceso, em tese não configurou crime. Ainda assim, me senti ameaçado, foi uma violência grave para coibir um parlamentar”, relatou Armandinho.

Segundo o vereador, a convocação para o protesto foi feita nas redes sociais da vereadora Ana Paula Rocha (PSOL).

“Acho que os partidos de esquerda chamaram esse pessoal para manifestar aqui. O PSOL chamou para orquestrar e atrapalhar os trabalhos. Já invadiram o prédio onde será a nova sede da Câmara e agora atacam o Legislativo em plena sessão”, afirmou.

A sessão foi interrompida e só retomada cerca de 30 minutos depois, com segurança reforçada e vigilância da Guarda Municipal.

O PL Anti-Invasão, em pauta nesta quarta, estabelece punições severas contra ocupações consideradas irregulares em Vitória. O texto prevê multas, impedimento de contratos com a administração pública e até restrições de acesso a programas habitacionais para invasores.

 

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