Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação
Deputado federal, coordenador da bancada federal capixaba, presidente estadual do Progressistas e da federação União Progressista, que engloba Progressistas e União Brasil. Estes são alguns sinônimos sobre Da Vitória, que nessa segunda-feira (2) mostrou, mais uma vez, sua capacidade de lidar com gregos e troianos da política capixaba.
O parlamentar publicou foto na qual participou de encontro com o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), e com o prefeito de Colatina (e presidente do PSD estadual), Renzo Vasconcelos. Renzo é presidente da legenda que agora abriga o ex-governador Paulo Hartung (PSD).
“Falamos das obras do governo do Estado em andamento na cidade e dos novos projetos da administração municipal, especialmente na infraestrutura. Seguimos trabalhando por Colatina!”, diz a publicação compartilhada pelos políticos que têm bases eleitorais na Princesa do Norte.
As imagens têm alguns significados. Não é segredo para ninguém que o PSD, especialmente agora com Hartung, tende a ir para um caminho diferente do que o programado por Casagrande no Estado. No entanto, Renzo, como gestor, sabe que necessita também do braço amigo do governo para não deixar seu município à míngua. Logo, relações cordiais e respeitosas são necessárias.
Da Vitória, por sua vez, já detalhou que deseja criar/dialogar o processo de 2026 ao lado de Casagrande. Tem até a ambiciosa missão de unir os grupos que se polarizam pela pré-disputa do Palácio Anchieta – Lorenzo Pazolini/Republicanos e Ricardo Ferraço/MDB. Se obtiver esse sucesso, já poderia ganhar o prêmio de político do ano no Estado.
Mas também o diálogo pode até ser visto por um outro viés. Renzo aglutina forças para se manter no comando do PSD. E o PSD, recentemente, foi uma das praças sondadas pelo prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (sem partido), buscar um porto seguro, pensando em 2026.
Arnaldinho, até onde se sabe, é fidelíssimo a Casagrande. Mas tem muita vontade em disputar o pleito para o Palácio Anchieta. E não é possível cravar se, de fato, vai seguir a recomendação do socialista de que todos estejam juntos pelo “bem maior”, ou seja, aquele que for o escolhido pela trupe para estar nas urnas no ano que vem. O bom resultado de Ricardo no levantamento da Paraná Pesquisas animou muita gente.
Fato é que nesse tabuleiro que se desenha, para Casagrande e articuladores, como Da Vitória, é melhor manter as condições do jogo mais previsíveis do que imprevisíveis. É aquela antiga máxima: “mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda”.