Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação
O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil), apareceu, mais uma vez, ao lado do vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), no último domingo (28). O diálogo foi “sobre o investimento ferroviário para fortalecer a logística do Espírito Santo e Minas Gerais”, segundo o deputado estadual. Mas há muito mais por trás.
Marcelo é uma das principais figuras da federação União Progressista, que reúne União Brasil e Progressistas. A liderança formal, no entanto, está nas mãos do deputado federal Da Vitória (Progressistas), atual coordenador da bancada capixaba em Brasília.
Para garantir sua recondução à presidência da Assembleia e manter-se em posição de destaque dentro do União Brasil, Marcelo reafirmou lealdade ao governador Renato Casagrande e passou a defender abertamente a candidatura de Ricardo Ferraço como nome do grupo governista em 2026.
Esse alinhamento explícito, porém, não se reflete de forma tão direta na postura de Da Vitória, que comanda a federação no Estado.
O deputado federal mantém trânsito tanto no Palácio Anchieta quanto na Prefeitura de Vitória, administrada por Lorenzo Pazolini (Republicanos), cuja vice, Cris Samorini, é filiada ao Progressistas. Assim, Da Vitória preserva uma posição de equilíbrio, buscando ampliar o espaço da federação no jogo político futuro.
Ele já deixou claro que pretende valorizar a União Progressista no tabuleiro de 2026 e costurar entendimentos com Casagrande. Mas a equação ainda está longe de um resultado.
Enquanto Marcelo trata o cenário como uma operação simples, Da Vitória enxerga contas mais complexas pela frente. E será dele a responsabilidade de encontrar a solução, ajustando interesses locais e nacionais e, sobretudo, evitando que a federação some arestas indesejadas ou enfrente alguma subtração de forças.