Notícias

[wpadcenter_ad id=8039 align='none']

Os 20 membros do Governo Casagrande que serão candidatos

Os 20 membros do Governo Casagrande que serão candidatos

Por Vitor Vogas / ES 360 / Foto: Hélio Filho (Secom)

Se realmente assumir o cargo de governador, Ricardo Ferraço terá pelo menos 20 mudanças para fazer nos mais altos escalões do governo, incluindo os mais de 10 secretários de Estado que sairão para disputar as eleições. Confira o nosso levantamento

Pelo menos 20 membros dos mais altos escalões do Governo do Estado serão candidatos seguramente (ou muito provavelmente), a deputado estadual ou federal, nas eleições de 2026. Nosso levantamento inclui secretários de Estado (primeiro escalão), subsecretários e chefes de órgãos e autarquias estaduais (segundo escalão).

Isso significa que, no próximo ano, antes do processo eleitoral, eles precisarão se desligar dos respectivos cargos. Os prazos para desincompatibilização são estabelecidos pela legislação eleitoral. Secretários estaduais, por exemplo, precisam entregar o cargo até seis meses antes do 1º turno, portanto até o começo de abril.

A relação de candidaturas certas – ou, em alguns casos, muito prováveis – está disposta a seguir, em ordem alfabética. Só entre os secretários de Estado, há 11 pré-candidatos declarados a uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados. Cinco deles estão filiados ao PSB, partido de Renato Casagrande.

Se o plano eleitoral prioritário do governador transcorrer sem percalços, ele próprio renunciará ao cargo no mesmo prazo, começo do mês de abril, para disputar um assento no Senado, passando então o comando do Governo do Estado ao hoje vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) e apoiando-o para sua sucessão.

Neste caso, como se deduz da lista abaixo, Ferraço terá pelo menos 20 mudanças para fazer nos mais altos escalões do governo, incluindo os mais de 10 secretários de Estado que sairão para disputar as eleições. Terá de montar toda uma nova equipe, preenchendo os lugares vazios no secretariado. Isso sem contar as mudanças discricionárias que poderá fazer, se assim quiser. Ele terá a caneta. Ficará a seu critério.

Esse eventual governo de Ricardo será curto; praticamente um “mandato tampão”, concomitante com o processo eleitoral. Exatamente por isso, para ajudá-lo a se reeleger, Ricardo terá de formar um secretariado competente, que não deixe a peteca cair e já entre jogando bem.

Confira os prováveis candidatos, por ordem alfabética, com o cargo a ser disputado e a situação partidária de cada um.

Alessandro Broedel (Podemos), diretor-geral do Incaper: será candidato a deputado federal pelo Podemos.

Alexandre Quintino (PDT), ex-deputado estadual e subsecretário de Habitação, Regularização Fundiária e Desenvolvimento Social (ligada à Sedurb): será candidato a deputado estadual, provavelmente pelo PP (a não ser que o partido não fique na coligação eleitoral do governo).

André Fagundes (Podemos), ex-prefeito de Nova Venécia e diretor-geral do Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus: será candidato a deputado estadual pelo Podemos.

Bruno Lamas (PSB), secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação: será candidato a deputado estadual pelo PSB.

Carlos Casteglione (PT), ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim e subsecretário de Relações Institucionais da Secretaria de Esportes: pode ser candidato a deputado estadual, segundo ele, “para atender a um chamado do partido”, mas prefere não disputar e, em vez disso, coordenar uma campanha do PT (Coser, Contarato, Helder etc.).

Cyntia Grillo (sem partido), secretária de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social: propensa a ser candidata a deputada estadual, provavelmente pelo Podemos, comandado no Estado pelo deputado federal Gilson Daniel, com quem já tem acordo.

Enio Bergoli (PSDB), secretário de Agricultura: será candidato a deputado federal. Pode trocar o PSDB por um partido de centro-direita da base governista.

Eustáquio de Freitas (PSB), diretor-geral do Departamento de Edificações e Rodovias (DER-ES): será candidato a deputado federal pelo PSB.

Fabrício Petri (PSB), ex-prefeito de Anchieta e assessor da Casa Civil: será candidato a deputado estadual por um partido da coalizão governista (em aberto).

Felipe Rigoni (União Brasil), secretário de Meio Ambiente: será candidato a deputado federal. Para isso, pode mudar de partido, dentro da aliança governista. O Podemos é uma opção.

Guerino Balestrassi (MDB), ex-prefeito de Colatina e secretário de Recuperação do Rio Doce: será candidato a deputado estadual, provavelmente pelo MDB.

Jacqueline Moraes (PSB), secretária das Mulheres: será candidata a deputada estadual pelo PSB.

José Carlos Nunes (PT), secretário de Esportes: será candidato a deputado estadual pelo PT.

Lorena Vasques (PSB), subsecretária estadual de Estudos, Negócios, Planejamento e Infraestrutura Turística (ligada à Setur): será candidata a deputado federal pelo PSB, substituindo na chapa Victor Coelho, que “desceu” para estadual.

Manu Pedroso (PSB), secretária de Governo: será candidata a deputada federal pelo PSB.

Marcus Vicente (PP), subsecretário de Relações Institucionais da Casa Civil: será candidato a deputado federal por um partido da base governista, ainda indefinido.

Pablo Lira (PSB), diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN): pode ser candidato a deputado estadual pelo PSB. Segundo ele, está avaliando.

Tyago Hoffmann (PSB), secretário de Saúde: será candidato a deputado federal pelo PSB.

Victor Coelho (PSB), secretário de Turismo: será candidato a deputado estadual pelo PSB.

Vitor de Angelo (sem partido), secretário de Educação: será candidato a deputado federal por um partido de centro-esquerda da coalizão de Casagrande. O próprio PSB é uma opção, assim como o PDT.

BANCO DE RESERVAS

Há outros integrantes do governo também citados por fontes da coluna como possíveis candidatos, mas com probabilidade bem menor. Estão em “processo de convencimento” ou poderão ser lançados caso o Palácio Anchieta sinta a necessidade (por exemplo, a fim de completar ou fortalecer a chapa de um dos partidos aliados). É, por assim dizer, o “banco de reservas” do “Professor Casagrande” e de Ricardo Ferraço.

Antonio Carlos Cesquim (PSB), diretor-presidente da Ceasa: pode ser candidato a deputado estadual, mas somente se o PSB precisar muito. Ele mesmo disse à coluna que não será candidato.

Douglas Caus (sem partido), comandante-geral da PMES: também é lembrado nesse pelotão de candidaturas possíveis, embora menos prováveis – no caso dele, para deputado federal. Sem definição de partido, mas seria, claro, por um da base.

Rafael Pacheco (sem partido), secretário de Justiça: emissários de Casagrande buscam convencê-lo a se candidatar a federal por um partido aliado. Ele próprio já disse à coluna que não será candidato.

Vinicius Simões (PSB), subsecretário de Suporte à Educação: se o PSB precisar, poderá ser candidato a estadual ou a federal.

Acaba de sair do governo…

O ex-prefeito de Pedro Canário Bruno Araújo, vulgo Bruno Cinco Estrelas, atualmente sem partido, deixou na semana passada o cargo que ocupava no governo. Desde o início do ano, era superintendente regional de Saúde de São Mateus.

Ele afirma que será candidato a deputado estadual por um partido da coalizão de Casagrande, ainda indefinido. Apesar de ter deixado o cargo no governo, garante que continua no grupo político do governador.

Os 20 membros do Governo Casagrande que serão candidatos

Os 20 membros do Governo Casagrande que serão candidatos

Os 20 membros do Governo Casagrande que serão candidatos