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Comissões da Assembleia viram ponto de disputa em ano pré-eleitoral

Por Poder / ES HOJE / Foto: Divulgação

Às vésperas de fevereiro, momento é de ajuste na Assembleia Legislativa para abrigar os deputados nos comandos das 18 comissões permanentes da Casa de Leis. Umas com mais brilhos, outras com menos holofotes, elas são vistas como primordiais para o trabalho de reeleição ou de passos mais ousados nas eleições do ano que vem.

Presidente virtualmente reeleito, Marcelo Santos (União Brasil), conforme previsto no regimento interno, fica fora da disputa, visto que já terá a missão de liderar a Casa.

Mazinho dos Anjos (PSDB), que no último biênio ficou à frente da Comissão de Justiça, pode ser novamente reconduzido para ficar com o colegiado ou ganhar para si a tarefa de liderar a Comissão de Finanças, que necessita de alguém alinhadíssimo com o governo estadual, principalmente após a saída de Tyago Hoffmann (PSB), cedido para a Secretaria de Estado da Saúde.

O colegiado de Agricultura é outro visadíssimo. Com a ausência de Lucas Scaramussa (Podemos), agora prefeito de Linhares, diversos deputados manifestam sua vontade de ficar com essa comissão, num rol que vai Janete de Sá (PSB) a Adilson Espindula (PSD). A identificação com o setor, que é fortíssimo no Estado, pode contar muitos pontos para a eleição do ano que vem.

Na área de segurança, Denninho Silva (União Brasil) desponta como favorito, muito embora o Delegado Danilo Bahiense (PL) tenha vontade de permanecer com o colegiado. O parlamentar, analisado como o mais moderado da ala bolsonarista, caso não fique com essa comissão, deverá ficar na liderança de uma de assunto correlato, como Política Sobre Drogas.

Aliados do governo deverão ser mantidos, como no caso de Dr. Bruno Resende (Saúde), Dary Pagung (Educação), que ainda será agraciado com o posto da vice-presidência da Casa de Leis. O novo líder do governo, Vandinho Leite (PSDB), após recuar da sua vontade de presidir a Assembleia, será valorizado e é possível que fique onde já tem militado, que é a Comissão de Defesa do Consumidor.

O fato é que o ambiente mais “estável” criado por Marcelo Santos ao longo do último biênio, somado com a presença do governo nas interlocuções, trocou um possível ambiente mais tenso para algo mais controlado, com um outro ajuste a ser podado.

Em via de regra, oposicionistas ficarão mais “sufocados”, tendo mais o parlatório do plenário e voos solos para manifestarem suas opiniões. O que se percebe é que o grande beneficiário disso tudo é Marcelo Santos. Inicia o ano pré-eleitoral equilibrando as relações e ainda ganhando apoiadores, que farão campanha explícita ou implicitamente para ele, a depender do cargo que escolher no ano que vem.

Comissões da Assembleia viram ponto de disputa em ano pré-eleitoral

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